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O Itaú Cultural dá continuidade à programação de artes cênicas que traz espetáculos teatrais às terças-feiras. Em novembro, o Terça Tem Teatroapresenta peças de diferentes companhias, abordando diversos temas e discussões da atualidade.
Abrindo o mês de novembro, o grupo Tablado de Arruar se apresenta no dia 3 com a peça Abnegação II – o Começo do Fim. O público irá acompanhar a história de Jorge, que se nega a fazer parte de uma lógica política que ele mesmo instalou, tornando-se assim uma ameaça a ser eliminada.
No dia 10, o palco será ocupado por um experimento relacionado ao universo do jornalismo. Em Retrovisor – André Rebouças, Paulo Markum fará uma entrevista cara a cara – repleta de improvisos com o espectador – com o personagem histórico André Rebouças, revivido pelo ator José Fernando Azevedo.
Na peça {Entre}, no dia 17, serão expostas quatro histórias de vida diferentes e aparentemente comuns dentro de um conjunto habitacional. Chamando a atenção para a desigualdade racial, os caminhos mostram, mesmo diante de adversidades, um sentido de preservação e celebração dessas histórias, bem como a necessidade do encontro do afeto.
Por fim, no dia 24, A Volta para Casa – peça com direção de Regina Duarte – irá questionar, em tom casual, o sentido da vida e da morte, o valor das coisas e das pessoas, a fragmentação dos territórios e do conceito de pátria e a tensão entre indivíduo e sociedade. Seguido por um bate papo com o elenco e a diretora.
Terça Tem Teatro [com interpretação em Libras] 10, 17 e24de novembro de 2015
sempre às terças-feiras às 20h
Sala Itaú Cultural – 247 lugares
Gratuito – ingressos distribuídos com meia hora de antecedência
24/11/2015 TERÇA-FEIRA - 20h às 20h50
A Volta para Casa
A Volta para Casa é uma peça em um ato que consegue, em tom casual, tratar de importantes temas que dizem respeito à condição humana: o sentido da vida e da morte, o valor das coisas e das pessoas, a fragmentação dos territórios e do conceito de pátria e a tensão entre indivíduo e sociedade. O texto do franco-romeno Matei Visniec surpreende pela riqueza de imagens criadas e pela revelação do cotidiano insólito que insistimos em ignorar.
Num cenário de guerra, um jovem soldado aprende a observar seus inimigos que vivem do outro lado da rua, uma mulher tenta cruzar a fronteira para retornar a seu país de origem e um general percorre o campo de batalha, convocando os soldados para o desfile do Dia do Grande Perdão. Fazem parte desse grupo os desaparecidos, os desmemoriados e outros tantos. Visniec denuncia as feridas de guerra e a condição alienada e fragmentada do homem contemporâneo.
terça 24 de novembro de 2015
às 20h
Sala Itaú Cultural – 247 lugares
duração: 50 minutos
ingressos distribuídos com meia hora de antecedência
[classificação indicativa: 12 anos]
Esta peça contará com interpretação em Libras.
Grupo de Estudos de Dramaturgia e Interpretação de Textos
Comandado por Regina Duarte, com diretores e atores-pesquisadores, o grupo tem como objetivo criar um banco de textos de dramaturgia de qualidade já existentes ou adaptados, promovendo assim novas e renovadas formas de interpretação.
Regina Duarte
Fazem parte da experiência da atriz na direção em TV o caso especial A Cartomante, exibido em 1974 pela Rede Globo, e o episódio “Crescendo em Guerra e Paz”, do seriado Malu Mulher, exibido em 1980 também pela Rede Globo. Dirigiu ainda os episódios “Fruto Verde”, de Alcides Nogueira, e “S.O.S. Solidão”, de Caio Fernando Abreu. Regina escreveu e dirigiu o especial “Cabra-Cega” para o seriado Joana, exibido pela Rede Manchete, pela TV Bandeirantes e pelo SBT em 1984.
17/11/2015 TERÇA-FEIRA - 20h às 21h40
{Entre}
Um conjunto habitacional, quatro vidas de parede-meia: uma mulher grávida e abandonada, um pai que deseja retornar ao seio familiar, um filho que busca sua identidade para poder se construir e um médico que retorna ao local de seu nascimento para um reencontro com o passado. Na exposição dessas quatro vidas, aparentemente comuns, busca-se, mesmo diante de adversidades, um sentido de preservação e de celebração dessas histórias, bem como a necessidade do encontro do afeto.
terça 17 de novembro de 2015
às 20h
Sala Itaú Cultural – 247 lugares
duração: 100 minutos
ingressos distribuídos com meia hora de antecedência
[classificação indicativa: 16 anos]
Esta peça contará com interpretação em Libras.
Coletivo Negro
Em 2007, após a montagem do experimento cênico Um Longo Caminho que Vai de Zero a Ene, de Timochenko Wehbi – no curso de direção da Escola Livre de Teatro de Santo André –, Jé Oliveira (diretor da experimentação) fomentou, com os então artistas-aprendizes Thaís Dias e Jefferson Matias, a possibilidade de aprofundar a pesquisa do trabalho, cujo pano de fundo era a invisibilidade social.
O desejo de continuar a debater e a fazer um teatro comprometido com questões étnico-raciais os levou a ampliar o convite aos também atores Raphael Garcia, da Escola de Arte Dramática da Universidade de São Paulo (USP), Flávio Rodrigues e Aysha Nascimento, também da Escola Livre de Teatro de Santo André, para formarem um grupo de pesquisa que se voltasse para a situação socioeconômica e a produção estética do negro brasileiro.
Do encontro desses artistas e dessas vontades nasceu, em 2008, o Coletivo Negro, grupo de afrodescendentes comprometidos com a recriação artística do imaginário construído em relação ao negro brasileiro. A partir de então, essa pesquisa se verticalizou com a realização de workshops: História e Tradição Oral, Usos e Costumes (alimentação e vestuário), Produção Musical e Religião.
10/11/2015 TERÇA-FEIRA - 20h às 21h
Retrovisor – André Rebouças
Retrovisor é um programa de entrevistas, criado e dirigido por Paulo Markum, com personagens que marcaram a história do país e dos quais ainda não se conhece o suficiente – o público ainda tem muitas perguntas não respondidas. Na conversa com o personagem, descobrimos uma época e entendemos nossas raízes.
José Fernando Azevedo revive André Rebouças, caracterizado com cuidado estético e rigor histórico. Ele irá responder a questões sobre aspectos de sua vida em um momento relevante, e interessante, da história. O personagem responde no presente e as gravações são feitas “ao vivo” diante de uma plateia. Ao final, a audiência também faz suas perguntas – não ao ator, mas ao personagem, procurando extrair seu pensamento sobre fatos que ainda não tiveram registros históricos.
terça 10 de novembro de 2015
às 20h
Sala Itaú Cultural – 247 lugares
duração: 60 minutos
ingressos distribuídos com meia hora de antecedência
[classificação indicativa: livre]
Esta peça contará com interpretação em Libras.
Paulo Markun
Jornalista profissional desde 1971, atuou em alguns dos principais veículos de comunicação do país. Por dez anos comandou o programa Roda Viva, da TV Cultura. Também criou publicações – Pasquim São Paulo, Jornal do Norte, Deadline e Radar – e presidiu a Fundação Padre Anchieta, mantenedora da rádio e da TV Cultura e da Univesp TV. Tem 13 livros publicados e mais de 30 documentários no currículo, além da criação das séries Autor por Autor e Retrovisor. Recebeu o Prêmio APCA de Melhor Apresentador em 1985 e de Melhor Executivo de Comunicação em 2008.
03/11/2015 TERÇA-FEIRA - 00h às 00h
Abnegação II – o Começo do Fim
O público acompanhará a história de Jorge, que, negando-se a fazer parte de uma lógica política que ele mesmo ajudou a instaurar, se torna um empecilho à sua própria ascensão e é devidamente eliminado. Tal história, na peça, é intercalada por cenas estáticas, contemplativas, que pressionam a trama. Essa segunda parte da peça aparece como uma ameaça constante, desagregadora, constituindo uma espécie de camada ao mesmo tempo real e imaginária, que dá sustentação à história central e aos poucos se funde nela.
terça 3 de novembro de 2015
às 20h
Sala Itau Cultural – 247 lugares
duração: 110 minutos
ingressos retirados com meia hora de antecedência
[Classificação indicativa: 16 anos]
Esta peça contará com interpretação em Libras.
Tablado de Arruar
Fundado em 2001, o grupo já recebeu vários prêmios e indicações, entre eles: Prêmio Shell de Melhor Autor por Mateus, 10, Prêmio CPT de Melhor Espetáculo Não Convencional por Mateus 10 e indicação da Melhor Ator pela APCA por Abnegação I. Desde 2001, o grupo se apresenta nas principais cidades do país e também no exterior, particularmente na Alemanha, onde desenvolveu um projeto longo de pesquisa entre 2009 e 2011.
Tendo começado como um grupo de teatro de rua, o Tablado de Arruar tem em seu repertório quatro peças destinadas ao espaço externo (A Farsa do Monumento; Movimentos para Atravessar a Rua; A Rua É um Rio; e Helena Pede Perdão e É Esbofeteada).
Em suas três peças para espaços fechados (Quem Vem Lá; Os novos Argonautas; e Mateus, 10), o Tablado de Arruar vem desenvolvendo uma pesquisa de linguagem, sobretudo em dois pontos: a dramaturgia e a interpretação.
O professor Hélio Guimarães fala sobre “Ressurreição”, o primeiro romance do autor, e de como surgiu a ideia da coleção que contempla todos os livros de Machado de Assis datados de 1861 a 1908 – que será lançada pela editora Todavia com o apoio do Itaú Cultural (IC)