Itaú Cultural
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O programa Ocupação chega à 16ª edição e homenageia Nelson Pereira dos Santos, um dos mais importantes cineastas brasileiros, com uma exposição – que pode ser visitada de 24 de agosto a 8 de setembro – e uma mostra de filmes, que apresenta ao público uma seleção de longas-metragens do artista.
Nelson Pereira dos Santos lançou seu primeiro longa-metragem, Rio, 40 Graus, em 1955 – obra precursora do cinema novo, que traz elementos do neorrealismo italiano utilizando atores não profissionais, locações reais e temas sociais. Desde então, produziu mais de 20 filmes que ganharam reconhecimento nacional e internacional.
Um de seus longas de maior destaque é Vidas Secas, finalizado em 1963, que completa 50 anos este ano. O filme é uma adaptação do livro homônimo de Graciliano Ramos e conta a história do lavrador Fabiano, sua mulher, os dois filhos e a cachorra Baleia que abandonam sua terra e saem pelo sertão a pé. O longa recebeu o Prêmio de Crítica no Festival de Cannes e foi indicado à Palma de Ouro.
Na mostra o público poderá conferir filmes do cineasta como Memórias do Cárcere (1984), Quem É Beta? (1972) e Como Era Gostoso o Meu Francês (1971), entre outros.
Exposição Nelson Pereira dos Santos
sábado 24 de agosto a domingo 8 de setembro de 2013
terça a sexta, das 9h às 20h [permanência até às 20h30]
sábado, domingo e feriado, das 11h às 20h
Piso térreo
Entrada franca
[livre para todos os públicos] L
Mostra Nelson Pereira dos Santos
sábado 24 e domingo 25 de agosto de 2013
sábado 7 e domingo 8 de setembro de 2013
confira os horários na aba Programação
Entrada franca
08/09/2013 DOMINGO - 17h às 17h
Tenda dos Milagres (1977, 142 min)
direção Nelson Pereira dos Santos
Adaptação do romance homônimo de Jorge Amado. O jornalista Fausto Pena (Hugo Carvana) prepara a montagem de um filme sobre Pedro Archanjo (Jards Macalé e Juarez Paraíso), cientista social negro que causou indignação na elite branca da Bahia ao defender a miscigenação das raças. O interesse de pesquisadores brasileiros e estrangeiros ajuda a contar a história daquele intelectual que documentou a cultura africana e, dizem, morreu nos braços das prostitutas de Salvador. O filme contou com a efetiva participação de Jorge Amado no roteiro e de praticantes do candomblé, como Mãe Runhó e o babalorixá Luís Alves de Assis. Conquistou quatro prêmios no Festival de Brasília, entre eles o de Melhor Filme.
[indicado para maiores de 14 anos]
08/09/2013 DOMINGO - 16h às 16h
Missa do Galo (1982, 35 min)
direção Nelson Pereira dos Santos
Adaptação do conto homônimo de Machado de Assis. Numa noite de Natal, enquanto seu marido (Nildo Parente) sai para encontrar-se com a amante, uma mulher entediada (Isabel Ribeiro) fica a sós com um jovem da família (Sérgio Otero).
[indicado para maiores de 14 anos]
08/09/2013 DOMINGO - 16h às 16h
Meu Compadre Zé Kéti (2003, 12 min)
direção Nelson Pereira dos Santos
Numa roda de samba na antiga casa de Zé Kéti, no bairro carioca de Inhaúma, amigos e familiares relembram o mestre e suas músicas, enquanto na cozinha prepara-se uma feijoada.
[indicado para todas as idades]
07/09/2013 SÁBADO - 20h às 20h
Rio, Zona Norte (1957, 86 min)
direção Nelson Pereira dos Santos
O segundo longa-metragem dirigido por Nelson Pereira dos Santos faz parte de uma trilogia que tem a cidade do Rio de Janeiro como pano de fundo – formada, ainda, por Rio, 40 Graus (1955) e Rio, Zona Sul, que acabou nunca sendo realizado. Parcialmente inspirado na vida de Zé Kéti, também presente no elenco, relata em flashbacks a história do sambista Espírito (Grande Otelo) enquanto ele agoniza depois de um acidente na linha do trem. O filme tem como tema a situação do compositor popular perante seus pares e a indústria cultural. A cantora Ângela Maria tem participação especial cantando o samba “Malvadeza Durão”. Em 1958, o filme ganhou o Prêmio Especial do Júri no Festival Internacional de Montevidéu.
[indicado para todas as idades]
07/09/2013 SÁBADO - 18h às 18h
O Amuleto de Ogum (1974, 117 min)
direção Nelson Pereira dos Santos
Gabriel (Ney Sant\\\'anna), jovem nordestino que teve o corpo fechado quando criança, migra para o Rio de Janeiro e se emprega numa organização criminosa na Baixada Fluminense. Seus poderes especiais são motivo de inveja e admiração, até que ele é traído pela amante (Anecy Rocha) e tem de enfrentar o chefão local (Jofre Soares). Mais uma vez, a umbanda o protegerá. A história é contada em retrospecto por um violeiro cego (Jards Macalé, também autor da trilha sonora), sob ameaça de bandidos. O pai de santo Erley José foi um colaborador importante no projeto. Prêmio de Melhor Filme no Festival de Gramado e indicado à Palma de Ouro no Festival de Cannes 1975.
[indicado para maiores de 14 anos]
25/08/2013 DOMINGO - 18h30 às 18h30
Memórias do Cárcere (1984, 173 min)
direção Nelson Pereira dos Santos
A violenta repressão do governo Vargas contra seus opositores chega ao escritor Graciliano Ramos (Carlos Vereza), que ocupava um cargo de funcionário público. Suspeito de colaborar com a Intentona Comunista, mas sem qualquer acusação formal, ele é enviado para um presídio e depois transferido para a colônia penal de Ilha Grande. Lá escreve um livro sobre sua experiência e a dos colegas de cárcere, que incluíam ladrões comuns e presos políticos. O filme capta com intenso realismo a degradação física e psicológica sofrida pelo escritor, que demorou longos anos para transformar suas memórias em livro. O longa recebeu o Prêmio da Crítica Internacional no Festival de Cannes de 1984, entre muitas outras premiações nacionais e internacionais. Baseado no livro homônimo de Graciliano Ramos.
[indicado para maiores de 14 anos]
25/08/2013 DOMINGO - 17h às 17h
Fome de Amor (1968, 76 min)
direção Nelson Pereira dos Santos
Recém-casados, Mariana (Irene Stefânia) e Felipe (Arduíno Colasanti) vivem em Nova York. Com medo de que o rapaz seja convocado para lutar na Guerra do Vietnã, eles decidem voltar ao Brasil para morar numa ilha. Chegando ao local, encontram a bela jovem Ulla (Leila Diniz), esposa do proprietário, e Alfredo (Paulo Porto), ex-revolucionário cego, surdo e mudo devido a um acidente. Livremente inspirado na novela História para Se Ouvir de Noite, de Guilherme de Figueiredo, Fome de Amor representou o Brasil no Festival de Berlim de 1968 e recebeu, entre outros, cinco prêmios no Festival de Brasília.
25/08/2013 DOMINGO - 15h às 15h
Quem É Beta? (1972, 92 min)
direção Nelson Pereira dos Santos
Num país não identificado, após uma catástrofe nuclear que modificou o estado natural do mundo e destruiu a sociedade civilizada, um casal (Frédéric de Pasquale e Regina Rosemburgo) começa uma nova vida em um abrigo. Sua missão é exterminar os seres “contaminados”, condenados a vagar como zumbis até a morte. O relacionamento entre os dois, alimentado por uma máquina de projeção de memórias, é abalado pela chegada de uma intrigante mulher (Sylvie Fennec). Fantasia de ficção científica realizada em coprodução com a França.
[indicado para maiores de 12 anos]
25/08/2013 DOMINGO - 13h às 13h
El Justicero (1967, 80 min)
direção Nelson Pereira dos Santos
Uma comédia sofisticada sobre a pequena burguesia da zona sul carioca, suas contradições e seus sonhos. Um roteirista de esquerda (Emanuel Cavalcanti) quer escrever um filme sobre o personagem-título, jovem playboy mulherengo e intelectual (Arduíno Colasanti), cujo estilo de vida contrasta com seus ideais de justiça social. Filho de general, ele usa e abusa do dinheiro e do prestígio do pai. Quando se apaixona por uma jovem de Copacabana, não aceita a ideia de que ela não seja mais virgem. Roteiro baseado na novela As Vidas de El Justicero, de João Bethencourt.
24/08/2013 SÁBADO - 20h às 20h
Vidas Secas (1963, 105 min)
Adaptação da obra homônima de Graciliano Ramos. Pressionados pela seca, o lavrador Fabiano (Átila Iório), sua mulher (Maria Ribeiro), os dois filhos e a cachorra Baleia abandonam sua terra e saem pelo sertão a pé. Para não morrer de fome, precisarão tomar atitudes drásticas. Pelo caminho, se estabelecem numa uma casa abandonada. Após passar por mais dificuldades, iniciam uma nova jornada. Numa cidade próxima, Fabiano é preso e humilhado, colocando à prova sua atitude diante da autoridade. Considerado um marco do cinema novo, Vidas Secas conquistou o Prêmio OCIC e concorreu à Palma de Ouro no Festival de Cannes de 1964, além de ter sido aclamado em eventos por todo o mundo.
[indicado para todas as idades]
24/08/2013 SÁBADO - 18h às 18h
Azyllo Muito Louco (1970, 83 min)
direção Nelson Pereira dos Santos
Livre adaptação do conto “O Alienista”, de Machado de Assis. Simão Bacamarte (Nildo Parente), o novo pároco da cidade fictícia de Serafim, tem um particular interesse pela saúde mental de seu rebanho. E manda construir a Casa Verde para alojar os doentes do juízo. Mas o contingente de internos logo chega a tal número que o padre começa a duvidar de seus próprios métodos e a pôr em dúvida a sanidade dos poderosos locais, até mesmo a dele. Alegoria política temperada por humor e nonsense, concorreu à Palma de Ouro no Festival de Cannes de 1970 e ganhou o Prêmio Luís Buñuel.
[indicado para todas as idades]
24/08/2013 SÁBADO - 16h às 16h
Boca de Ouro (1963, 102 min)
direção Nelson Pereira dos Santos
Transposição da peça homônima de Nelson Rodrigues para o cinema. Boca de Ouro (Jece Valadão) é um banqueiro do bicho de Madureira que um dia aparece morto com 29 punhaladas. Sua personalidade é desvendada pela ex-amante Guigui (Odete Lara) em três relatos sucessivos. Conforme seu estado de espírito no momento, ela o pinta como um criminoso sanguinário, um filantropo malcompreendido ou um covarde. Valadão foi também produtor associado.
[indicado para maiores de 14 anos]
24/08/2013 SÁBADO - 14h às 14h
Como Era Gostoso o Meu Francês (1971, 83 min)
direção Nelson Pereira dos Santos
Brasil, 1594. Prisioneiro dos índios tupinambás, um aventureiro francês (Arduíno Colasanti) ganha certo prestígio graças a seus conhecimentos de artilharia. Embora precisem dele para fabricar a pólvora com que lutarão contra uma tribo rival, os índios marcam o dia em que ele será morto e comido. Durante o tempo que lhe resta, o francês aprende os hábitos dos tupinambás e namora a índia Seboipep (Ana Maria Magalhães), que lhe fala de um tesouro enterrado na região. Filme inspirado em relatos de viagem do século XVI, especialmente nos diários de Hans Staden. O longa representou o Brasil na Seleção Oficial do Festival de Berlim 1971 e ganhou três prêmios no Festival de Brasília.
[indicado para maiores de 10 anos]