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Parte da programação do festival de documentários É Tudo Verdade acontece na sede do Itaú Cultural, em São Paulo, de 12 a 14 de abril. O instituto recebe a mostra O Estado das Coisas, com os filmes Atentados: as Faces do Terror (2016), de Stéphane Bentura; Vita Activa – o Espírito de Hannah Arendt (2015), de Ada Ushpiz; O Deserto do Deserto (2016), de Samir Abujamra e Tito Gonzalez Garcia; Danado de Bom (2016), de Deby Brennand; Overgames (2015), de Lutz Dammbeck; Lampião da Esquina (2016), de Lívia Perez; e Faraós do Egito Moderno (Nasser, Sadat, Mubarak) (2015), de Jihan El Tahri.
Além disso, no período do festival – que ocorre de 7 a 17 de abril – estarão disponíveis no nosso canaltrês filmes: Rocha que Voa (2002), de Eryk Rocha; O Longo Amanhecer – Cinebiografia de Celso Furtado (2006), de José Mariani; e Mataram Meu Irmão (2013), de Cristiano Burlan. Esses longas foram premiados em edições anteriores do festival.
Veja a sinopse dos filmes e outras informações na aba Programação. Confira também a grade completa do É Tudo Verdade no site do evento. São cerca de 80 obras da novíssima geração de documentaristas, exibições retrospectivas e mesas-redondas.
Itaú Cultural e o documentário
A relação do Itaú Cultural com o documentário é extensa. Os editais Cinema e Vídeo do Rumos, o maior programa de incentivo à cultura mantido pela instituição, apoiaram a produção de documentários, de maneira exclusiva, de 1998 a 2008 e, em uma categoria específica – documentário para a web –, de 2009 a 2014. Além disso, o instituto produziu uma série de filmes desse gênero:
- Ouvir o Rio: uma Escultura Sonora de Cildo Meireles (2012), de Marcela Lordy (veja fotos, áudios, textos e entrevistas sobre a obra rio oir, tema desse documentário, no site da Ocupação Cildo Meireles);
- Mr. Sganzerla: os Signos da Luz (2011), de Joel Pizzini, Melhor Documentário Brasileiro em 2012 (assista ao trailer);
- Daquele Instante em Diante (2011), de Rogério Veloso (assista ao trailer);
Festival É Tudo Verdade no Itaú Cultural quinta 12 de abril a quinta 14 de abril de 2016
14/04/2016 QUINTA-FEIRA - 16h às 19h
Faraós do Egito Moderno (Nasser, Sadat, Mubarak) (2015)
Jihan El Tahri (França)
mostra O Estado das Coisas
Percorrendo episódios-chave da história do Egito, desde 1952 até as manifestações na Praça Tahrir em 2011, o filme delineia o percurso de três homens-fortes do país: Gamal Abdel Nasser (1954-1970), adepto do socialismo e do pan-arabismo; Anuar el-Sadat (1970-1981), que liderou a virada capitalista; e Hosni Mubarak (1981-2011), o mais duradouro – todos eles reféns das duas únicas verdadeiras forças políticas no país, a Irmandade Muçulmana e o Exército.
[duração: 180 minutos]
Sala Itaú Cultural (piso térreo) – 244 lugares
[classificação indicativa: 14 anos]
14/04/2016 QUINTA-FEIRA - 14h às 15h22
Lampião da Esquina (2016)
Lívia Perez (Brasil)
mostra O Estado das Coisas
Inspirado no jornal norte-americano Gay Sunshine, surgiu no Brasil, em abril de 1978 – à época da ditadura militar –, o periódico O Lampião, que retratava o ponto de vista dos homossexuais. Um grupo de jornalistas e escritores do Rio de Janeiro e de São Paulo se uniu em torno dessa publicação, que abriu caminhos para a imprensa e abordou temas polêmicos, como racismo, aborto, drogas e prostituição.
[duração: 82 minutos]
Sala Itaú Cultural (piso térreo) – 244 lugares
[classificação indicativa: 18 anos]
13/04/2016 QUARTA-FEIRA - 18h às 19h30
debate O Mois du Film Documentaire e a Valorização do Documentário Independente
com Henri Arraes Gervaiseau, Justine Meignan, Regina Jehá e representante do Ministério da Cultura
O festival Mois du Film Documentaire acontece desde 2000 e reúne atualmente 160 mil espectadores em associação com 2 mil entidades francesas e internacionais. A programação conta com uma grande variedade de documentários a cada ano, e as projeções são frequentemente acompanhadas de debates com os próprios realizadores. A partir de uma apresentação da trajetória desse evento, a mesa irá discutir a valorização e a difusão do documentário independente.
Sala Multiúso (piso 2) – 110 lugares
[livre para todos os públicos]
13/04/2016 QUARTA-FEIRA - 16h às 19h04
Overgames (2015)
Lutz Dammbeck (Alemanha)
mostra O Estado das Coisas
O diretor investiga a identidade alemã por meio do estudo de antigos programas de gincanas de televisão. Percorrendo cerca de 80 horas de material de arquivo, ele aprofunda uma discussão sobre o que é ser alemão, incorporando a análise de processos, como a “reeducação” segundo padrões norte-americanos, da parte ocidental do país, dividido após a Segunda Guerra Mundial.
[duração: 164 minutos]
Sala Itaú Cultural (piso térreo) – 244 lugares
[classificação indicativa: 12 anos]
13/04/2016 QUARTA-FEIRA - 14h às 15h15
Danado de Bom (2016)
Deby Brennand (Brasil)
mostra O Estado das Coisas
Nascido em Arcoverde, no sertão pernambucano, João Silva – menino solitário criado pelo pai depois que a mãe foi embora – descobriu cedo a paixão pelos ritmos nordestinos, como o baião, o xote e o forró. Ainda garoto, decidiu ir ao Rio de Janeiro para conhecer o ídolo Luiz Gonzaga. Os dois, que a princípio se estranharam, acabaram tornando-se não só grandes amigos, mas parceiros em muitos sucessos, como “Doutor do Baião”, “Nem se Despediu de Mim” e “Pagode Russo”.
[duração: 75 minutos]
Sala Itaú Cultural (piso térreo) – 244 lugares
[livre para todos os públicos]
12/04/2016 TERÇA-FEIRA - 18h às 20h06
O Deserto do Deserto (2016)
Samir Abujamra e Tito Gonzalez Garcia (Brasil)
mostra O Estado das Coisas
Considerado a “última colônia da África”, o Saara Ocidental é palco de um dos mais longos e menos conhecidos conflitos do mundo. Em 1974, ao deixar o território, a Espanha descumpriu a promessa de fazer um plebiscito para decidir sobre a autodeterminação dos beduínos saharauis e entregou a propriedade ao Marrocos e à Mauritânia, provocando uma guerra intermitente e a dispersão da população saharaui.
[duração: 86 minutos]
Sala Itaú Cultural (piso térreo) – 244 lugares
[classificação indicativa: 12 anos]
12/04/2016 TERÇA-FEIRA - 16h às 18h04
Vita Activa – o Espírito de Hannah Arendt (2015)
Ada Ushpiz (Israel/Canadá)
mostra O Estado das Coisas
O filme resgata a história da filósofa Hannah Arendt por meio de fotos, filmes caseiros e depoimentos de seus contemporâneos. Discípula de Martin Heidegger, um dos maiores pensadores alemães, a intelectual produziu, sob o impacto do nazismo e do fascismo, um pensamento vigoroso sobre política, violência e sociedade, do qual se destaca o conceito de “banalidade do mal” – a trivialidade com que crimes podem ser cometidos quando as decisões éticas são colocadas em segundo plano em uma estrutura social.
[duração: 124 minutos]
Sala Itaú Cultural (piso térreo) – 244 lugares
[classificação indicativa: 12 anos]
12/04/2016 TERÇA-FEIRA - 14h às 15h35
Atentados: as Faces do Terror (2016)
Stéphane Bentura (França)
mostra O Estado das Coisas
Para compreender as razões que levaram aos atentados, em 2015, contra o semanário Charlie Hebdo, o mercado Hyper Cacher e a casa de shows Bataclan, examina-se a trajetória de alguns dos seus perpetradores a partir de entrevistas com familiares, conhecidos, professores e especialistas, além de material de arquivo.
[duração: 95 minutos]
Sala Itaú Cultural (piso térreo) – 244 lugares
[classificação indicativa: 14 anos]
12/04/2016 TERÇA-FEIRA - 10h às 11h30
debate O Estado das Coisas
com Carlos Eduardo Lins da Silva, Samir Abujamra e Tito Gonzalez Garcia
09/04/2016 SÁBADO - 21h
Mataram Meu Irmão (2013)
Cristiano Burlan (Brasil)
Reconstituindo a morte do irmão, o diretor expõe sua história familiar e a violência na periferia paulistana.
O filme retrata um dos momentos menos conhecidos da vida do diretor Glauber Rocha: o exílio em Cuba, em 1971 e 1972 – período de grande euforia na ilha.
O professor Hélio Guimarães fala sobre “Ressurreição”, o primeiro romance do autor, e de como surgiu a ideia da coleção que contempla todos os livros de Machado de Assis datados de 1861 a 1908 – que será lançada pela editora Todavia com o apoio do Itaú Cultural (IC)