O Itaú Cultural apresenta, de 8 a 11 de outubro, o espetáculo idealizado pela atriz Gabriela Carneiro da Cunha. O projeto, contemplado pelo Rumos 2013–2014, apresenta a história de 12 mulheres que lutaram e morreram na Guerrilha do Araguaia (1967-1974) – um dos mais violentos conflitos armados da ditadura militar brasileira. A apresentação integra a programação da Mostra Rumos, um ciclo de espetáculos, debates, exposição de obras de artes visuais e outras atividades.

A Guerrilha do Araguaia aconteceu na Floresta Amazônica, entre os estados do Pará e Tocantins, e reuniu, entre os cerca de 70 guerrilheiros, 17 jovens mulheres universitárias vindas de diferentes cidades do país. Para contar a história desse episódio de nossa história a equipe organizou uma viagem até o sul do Pará, onde conversou com diversas pessoas e conheceu lugares que carregam essa memória.

O espetáculo tem direção de Georgette Fadel, dramaturgia de Grace Passô, atuação de Carolina Virguez, Daniela Carmona, Fernanda Haucke, Mafalda Pequenino e Sara Antunes e registros do cineasta Eryk Rocha. Ao público são apresentados rostos e paisagens daquela terra, em formato de projeção, em um diálogo com o trabalho das atrizes, que remontam à história das 12 guerrilheiras baseada nos registros encontrados.

A preocupação em ser fiel à lembrança dessas 12 mulheres se estende ainda ao figurino. Para a montagem, Desirée Bastos garimpou as peças em brechós do Rio de Janeiro e bazares do Araguaia, enterrando-as na terra. Após três semanas, os trajes foram desenterrados e lavados, resultando em peças deterioradas, o que faz alusão aos corpos nunca encontrados.

Leia aqui a matéria sobre o projeto Guerrilheiras no blog Rumos.

Guerrilheiras ou Para a Terra Não Há Desaparecidos
quinta 8 a domingo 11 de outubro de 2015
quinta a sábado às 19h30 | domingo às 19h
[duração aproximada 90 minutos ]
[classificação indicativa: 18 anos]

Piso -2 – 90 lugares
[distribuição de ingressos meia hora antes do início do espetáculo]